Com cerca de 23 anos de carreira, em uma trilha tão variada que inclui forró, gafieira, ritmos latinos e até clássica (foi violista da Sinfônica de Campinas, quando regida pelo maestro Benito Juarez), a cantora paulista Anaí Rosa chega a seu segundo cd, Samba Comigo, com direção musical e arranjos de Nailor Proveta e Zé Barbeiro.
Nesse cd, Anaí interpreta canções de Billy Blanco, Geraldo Filme, João Bosco & Aldir Blanc e 10 composições inéditas de diversos autores - Jean e Paulo Garfunkel, Sizão Machado, Lula Barbosa e muitos outros -, acompanhada por um primeiríssimo time de instrumentistas:Proveta, Zé Barbeiro, Edson Alves, Carlos Roberto Oliveira, Celso de Almeida, Toninho Ferragutti, Roberta Valente, Alessandro Penezzi, João Poleto, Alexandre Ribeiro, François de Lima, Rubinho Antunes, Josué dos Santos, Ubaldo Versolato e a participação especialíssima de Raul de Souza.
Samba Comigo será apresentado em 26 de abril, terça-feira, às 21h30, no Bourbon Street(Rua dos Chanés, 127 – Moema - 5095-6100 - www.bourbonstreet.com.br), com a participação de um seleto grupo de acompanhantes: além de Raul de Souza (trombone), Zé Barbeiro (violão de sete cordas), Henrique Araújo (bandolim e cavaquinho), François de Lima (trombone), Walmir Gil (trompete), César Roversi (saxofones), Josué dos Santos (saxofone e flauta), Julio César Barro (percussão), Roberta Valente (pandeiro), Edu Malta (contrabaixo) e Giba Favery (bateria).
Estão presentes no repertório do show as seguintes canções: Já Dizia Salomão (Sizão Machado e Jean Garfunkel); Garoto de Pobre (Geraldo Filme); A Bala (Ricardo Silva, Fabrício Rosil e Gil Brasileiro); Doutor Delegado (Lula Barbosa e Wismar Rabelo); Mera Coincidência (Carlinhos Patriolino e Pádua Pires); Ninfa da Folhinha (Jean Garfunkel e Paulo Garfunkel); Artigo de Luxo(Sérgio Santos e Paulo Cesar Pinheiro); Sob o Encanto da Lua (Lula Barbosa e Wismar Rabelo); Mambembe (Chico Buarque); Homenagem à Jackson (Cleber Almeida); Dama da Noite (César Brunetti e Jean Garfunkel); Folhas Secas (Nelson Cavaquinho e Guilherme De Brito); Mocinho Bonito (Billy Blanco); Pano Legal (Billy Blanco); Rainha Sereia (Anaí Rosa);Coisa Feita (João Bosco, Aldir Blanc e Paulo Emílio); Linha de Passe (João Bosco, Aldir Blanc e Paulo Emílio).
Apesar da variedade de estilos em que atua (desde 2001 é a cantora do Havana Brasil, por exemplo), Anaí Rosa sempre gostou de cantar sambas. Nos últimos anos aproximou-se de vários sambistas e chorões e com eles tem se apresentado interpretando composições de Cartola, Nelson Cavaquinho, Wilson das Neves, João Bosco, Billy Blanco, Geraldo Filme, Noel Rosa, Vadico, Ary Barroso, a nata dos autores do gênero. Entusiasmada com o repertório recém adotado, decidiu gravar este novo disco, com os amigos Nailor Proveta e Zé Barbeiro assinando a direção musical e grande parte dos arranjos.
Na busca do repertório, que tem 10 músicas inéditas, recebeu de compositores e instrumentistas sugestões de músicas para gravar. Quase tudo casava com seu gosto e também com o de Proveta que fez os arranjos para os sopros. Nas quatro já conhecidas, foi igualmente feliz. Billy Blanco, João Bosco/Aldir Blanc e Geraldo Filme são sambistas da pesada. A escolha de Pano Legal e Mocinho Bonito, ambas de Billy Blanco, revelam músicas são lindas, com arranjos primorosos de Proveta. Garoto de Pobre, de Geraldo Filme, uma raridade, é um samba cadenciado com uma letra muito forte que retrata a vida dos integrantes de escolas de samba. Coisa Feita, de João Bosco, Aldir Blanc e Paulo Emílio, foi sugerida por Proveta para alegria de Anaí que adora essa música que fez parte do repertório do Farinha Seca, grupo no qual cantava nas saudosas domingueiras do projeto Noite da Gafieira Paulista no Avenida Club.
Uma curiosidade: no arranjo de Pano Legal, Proveta deixou um espaço para o solo de trombone de Raul de Souza. Essa seria a única participação do Raul no CD. Ele foi para o estúdio e, rapidinho, gravou um solo maravilhoso. Ouviu, aprovou e pediu para ouvir outras músicas já gravadas. O técnico colocou Mocinho Bonito, também de Billy Blanco - amigo de Raul desde os anos 50. No arranjo dessa canção, Proveta deixou espaço para um solo de clarinete que ele mesmo faria. Quando Raul ouviu, disse "o Proveta que me desculpe, mas quem vai fazer esse solo sou eu", tirou o trombone do estojo e gravou o solo. Evidentemente, lindo e aprovado por Proveta.
MAIS UM POUCO SOBRE ANAÍ ROSA
Com 10 anos de idade, Anaí Rosa descobriu a música. Primeiro no coral da Escola de Música de Piracicaba, em seguida nas aulas de flauta doce e violino. Aí conseguiu uma bolsa para tocar viola de arco na Sinfônica da Escola. Ao mesmo tempo, cantava música caipira, acompanhada pelo pai, escrivão de polícia e músico amador. Em seguida, Anaí foi aprovada como violista na UNICAMP. Em Campinas, ela foi convidada para ser a cantora do Grupo Soma, popular nos bares e clubes da região. Foi graças aos cachês recebidos com a banda, que Anaí conseguiu arcar com as despesas durante o estudo na UNICAMP, onde graduou-se em 1990, participando da Orquestra Sinfônica de Campinas, regida por Benito Juarez.
Início dos anos 90, a hora de partir para a aventura em São Paulo. Assim que chegou, foi convidada para ser a cantora da banda Farinha Seca. Esse grupo, que existe até hoje e é um dos preferidos pelos adeptos da dança de salão, animou durante sete anos, todos os domingos, a Noite da Gafieira Paulista no Avenida Club, na época o principal reduto dos pés-de-valsa paulistanos. Com a mudança para São Paulo de outros integrantes do Soma, o grupo foi reativado, apresentando-se em bares, clubes, unidades do Sesc, etc. Gravaram cd que teve música – Teu Olhar - escolhida para a trilha sonora da novela As Pupilas do Senhor Reitor, do SBT.
Ao longo de sua carreira, Anaí Rosa dividiu o palco com renomados artistas brasileiros. Entre eles, Guinga, Nailor Proveta, Alceu Valença, Elba Ramalho, Zé Ramalho, Moraes Moreira, Lula Galvão, Paulo Sérgio Santos, Alessandro Kramer, Jorginho do Trompete, Chico César, Alessandro Penezzi, Zé Barbeiro, Walmir Gil, François de Lima, Vinícius Dorin, Odésio Jericó e muitos outros.
Fez inúmeras apresentações cantando forró em festas juninas e nos principais locais desse gênero de música em São Paulo – Espaço Equilíbrio, KVA, Blén-Blén Club, Danado de Bom, Canto da Ema, Remelexo, etc.
Em 2001, foi convidada para ser a cantora do Havana Brasil, onde permanece até hoje. No início, foi um desafio aprender canções de ritmos latinos. Hoje sabe tudo dos repertórios de Glória Estefan, Omara Portuondo, Célia Cruz, Rubén Blades, Tito Puente, Buena Vista Social Club. Há dez anos, o Havana Brasil, com Anaí Rosa nos vocais, ocupa, todos os domingos o palco do Bourbon Street no projeto “Festa Latina”.
Em 2004, gravou o CD “Influências” com repertório de músicas nordestinas compostas por autores que não se enquadram entre os “forrozeiros” – Tom Jobim, Guinga, Djavan, Wilson das Neves, Luiz Melodia, Raul Seixas, João Donato, Chico Buarque, entre outros.
Agora é a vez de Samba Comigo.
ANAÍ ROSA no show SAMBA COMIGO – Serviço
Local: Bourbon Street (Rua dos Chanés, 127 – Moema - 5095-6100 -www.bourbonstreet.com.br)
Data: 26 de abril às 21h30
Lotação: 250 lugares
Duração: 90 minutos
Preço: R$ 35,00
Ingressos: através do telefone (11) 5095-6100. Aceita todos os cartões de crédito.
Estacionamento c/ manobrista: R$ 13,00
Classificação etária: 16 anos (se acompanhado do responsável)
Assessoria de imprensa – Anaí Rosa:
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