Em entrevista para a Dia-a-Dia Revista do jornal Diário do Grande ABC, o apresentador fala sobre a infância difícil, a carreira e os planos para o futuro na política norte americana
A edição de julho da Dia-a-Dia Revista, publicação mensal do jornal Diário do Grande ABC traz na seção “Poder” uma entrevista exclusiva com Roberto Miguel Rey Júnior, mais conhecido como Doctor Rey.
O brasileiro conta que desde pequeno, mesmo sendo de uma família com poucos recursos, traçou planos ousados para sua vida. Quando criança, o ídolo nacional de Rey era o cirurgião plástico Ivo Pitanguy, o que o levava a crer que exerceria a mesma profissão quando adulto. “Ao sair do Brasil, já via (imaginava) a placa do meu Maserati (carro italiano que custa cerca de R$ 1 milhão). Antes de tudo isso acontecer na minha vida, eu sabia que ia para os Estados Unidos, que me formaria em Harvard e teria programas de televisão”, lembra com certa nostalgia.
Em seu deficiente português com sotaque norte-americano, diz-se agradecido pela infância difícil. Não fosse isso, não teria ingressado em Harvard; não conseguiria abrir seu primeiro consultório em Beverly Hills; jamais moraria em uma mansão em Los Angeles – onde é vizinho de Demi Moore –; não seria um dos cirurgiões mais requisitados dos Estados Unidos e, enfim, não teria comprado o seu almejado Maserati. Rey já revelou que arrecada cerca de US$ 100 milhões por ano provenientes do salário como apresentador de TV, dos produtos licenciados com seu nome e das cirurgias plásticas realizadas independentemente da posição social da paciente: diz que atende desde babá até princesas europeias, mas não revela nomes por ética médica. Impossível é palavra que não existe em seu vocabulário, em nenhum idioma.
Em discurso filosófico, Rey confessa estar preocupado apenas com o que Deus perguntará para ele quando morrer. A ’conversa’ correrá, adianta, com as seguintes questões: que tipo de homem você foi? Trouxe o melhor para sua esposa? Que tipo de pai foi? Você foi honesto em todos os seus dias como ser humano? “Ele já sabe a resposta. Vai perguntar só para ver sua reação e é isso o que importa”, sentencia.
É por isso também que Rey sê vê em débito com o país que lhe deu abrigo. E pretende recompensar participando da política norte-americana: quer ser governador da Califórnia, cargo já ocupado pelo ator Arnold Schwarzenegger. Para tanto, precisa de dois programas de audiência alta e mais alguns milhões de dólares. A meta é fazer isso até os 60 anos, idade em que pretende se aposentar e voltar para cá, de mala e cuia. “O meu coração é brasileiro. Os Estados Unidos são como um porta-aviões: você faz seus negócios e sai. Vou voltar ao Brasil e morrer aqui.” Como na parábola bíblica do filho pródigo.
Postado por: Vera Tabach
Presidente Nacional da ABIME-BRASIL
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