segunda-feira, 7 de novembro de 2011

ABIME EM LUTO PELA MORTE DE CINEGRAFISTA

MORTE DE CINEGRAFISTA 
O cinegrafista  Gelson Domingos da Silva, que estava a trabalho pela TV 
Bandeirantes, acompanhando a ação dos policiais na favela Antares, em 
Santa Cruz, zona oeste do Rio, durante operação com intensa troca de 
tiros,que durou cerca de 20 minutos, foi baleado com um tiro no peito.
06Gelson As imagens 
de sua morte 
foram gravadas 
pelo próprio 
cinegrafista. 
Além de Gelson, 
estava na região 
do confronto o 
repórter da TV Bandeirantes 
Ernani Alves, 
que não se feriu
 e 
se desesperou 
ao ver o amigo atingido. Outros jornalistas 
que também acompanhavam a ação policial se esconderam atrás de um muro. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Rio, Gelson ainda foi levado a 
uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), onde chegou sem vida.
O cinegrafista  usava um colete à prova de balas, mas o projétil ultrapassou a 
proteção, que para a presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do 
Município do Rio de Janeiro (SJPMRJ), Suzana Blass, a morte do cinegrafista 
foi uma tragédia anunciada, porque os coletes fornecidos pelas empresas de comunicação não resistem a tiros de fuzil.
Segundo o coronel Diógenes Dantas, especialista em segurança pública, o 
colete à prova de balas usado pela imprensa brasileira não tem resistência 
suficiente para suportar tiros de armamentos mais pesados, como fuzil. 
O colete suporta apenas disparos com velocidade de 400 m/s, o disparo de 
um fuzil atinge o dobro.
"Os profissionais teriam que usar um colete balístico, que resistissem a tiros 
de Fuzil e também deveria acompanhar  o capacete balístico, já que a área 
mais sensível do nosso corpo é a cabeça" afirmou


Um Profissional com  20 anos de profissão


Gelson tinha mais de 20 anos de profissão e trabalhou em algumas 
das principais emissoras de TV. Atualmente trabalhava para a 
TV Bandeirantes e TV Brasil.
Recebeu importantes prêmios por coberturas jornalistas de casos
 policiais, entre eles, com o repórter Paulo Garritano, ganharam 
no ano passado, menção honrosa na 32ª edição do 
Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, 
na categoria TV Documentário, com a série sobre pistolagem no 
Nordeste, exibida no programa Caminhos da Reportagem.
A Associação
Brasileira de 
Imprensa e 
Mídea Eletrônica  
( ABIME) 
lamenta
profundamente 
morte do 
cinegrafista e manifesta 
solidariedade aos familiares, 
colegas e amigos, pois Gelson perdeu a vida no exercício da profissão, 
que exercia com competência e amor ,mesmo se arriscando, para levar
informação  e demonstrou com suamorte a insegurança que atinge todos 
os brasileiros, cidadãos comuns ou não, como foi o caso de Gelson que acabou 
como  progonista vítima da violência e falta de proteção.
Gelson Domingos da Silva tinha 46 anos e deixa a mulher, três filhos e 
dois netos.
Fotos: Uol
Postado por: Vera Tabach
Presidente Nacional da ABIME

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